Perigo de vida
«There's a party in my mind
and I hope it never stops»
TALKING HEADS
«Fear of Music»
as mãos no presente não se iludem
tremem os dedos aturdidos
os cigarros são vozes demasiado escutadas
confundem-se seus solilóquios sempre lentos e acerados
degolar a irmã não é excitante
o copo rebola de riso pelo chão
velhos pederastas fizeram-me propostas nada obscenas
tornei a ser sovado na rua
com naturalidade
the grasshopper lies heavy the grasshopper lies heavy
subir escadas talvez onde o irreconhecível
e pendurar-me no espaço com os headphones postos
vozes roucas estragos visíveis
saltar de combóios em andamento é fácil
quando se é jovem os avisos perdem-se
no diálogo dos gestos e asserções lugares incomuns
resgatar final
a imediata solidão própria nem muito fiel
a precaridade do ser
não há árvores imarcescíveis ruy belo.
segunda-feira, 30 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
#38 - Mário Avelar
Herba Santa
Associo melodias às estações,
a instantes mais ou
menos vagos na memória. O
Verão de oitenta e cinco, por exemplo.
Regressara nese tempo da pátria
dos heroís. Os dias fluiam entre
a viagem de um amor vindo
de longe e um almoço fora de horas
num qualquer snack em Lisboa, cracking.
Com liberdade, livros, flores e
a lua, quem não pode ser feliz?
Sim, havia ainda os livros e
a música, o frágil encanto de
Suzanne Vega.
Associo melodias às estações,
a instantes mais ou
menos vagos na memória. O
Verão de oitenta e cinco, por exemplo.
Regressara nese tempo da pátria
dos heroís. Os dias fluiam entre
a viagem de um amor vindo
de longe e um almoço fora de horas
num qualquer snack em Lisboa, cracking.
Com liberdade, livros, flores e
a lua, quem não pode ser feliz?
Sim, havia ainda os livros e
a música, o frágil encanto de
Suzanne Vega.
Subscrever:
Mensagens (Atom)